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A Secretaria do Planejamento (Seplan), por meio da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo (Cepro), divulgou um relatório sobre o mercado de trabalho formal no setor agropecuário do Piauí. O estudo, que abrange dados entre janeiro de 2020 a junho de 2024, revela que a agropecuária foi o setor que registrou o maior aumento relativo no número de postos de empregos no estado nos últimos quatro anos.
Esse crescimento está diretamente relacionado aos ciclos sazonais das culturas que mais demandam mão de obra, como soja, cana-de-açúcar, arroz e melão. A rotatividade de trabalhadores é uma característica marcante da agropecuária, devido à natureza temporária dos contratos, que variam entre três e cinco meses, além da flexibilidade exigida pela demanda de mão de obra nas diferentes fases das lavouras.
O relatório também destaca a dinâmica de contratações e desligamentos no setor, que segue os ritmos das atividades agrícolas. Os picos de contratações ocorrem principalmente nos meses de fevereiro, julho e setembro, com ênfase no aumento da demanda durante os períodos de colheitas.
Além do aumento no número de empregos formais, o relatório aponta que o setor agropecuário também apresentou um crescimento significativo no Valor Adicionado Bruto (VAB) entre 2011 e 2021. Nesse período, o VAB da agropecuária no Piauí cresceu 303,85%, superando o desempenho de outros setores, como serviços, istração pública e indústria. Como consequência, a participação da agropecuária no VAB estadual ou de 8,36% em 2011 para 13,60% em 2021.
Outro ponto abordado no estudo é o impacto da Lei de Trabalho Temporário de 2017, que facilitou a contratação de mão de obra sazonal no setor agropecuário. A nova legislação ajudou a consolidar a alta rotatividade de trabalhadores, ajustando as contratações às necessidades específicas dos ciclos de plantio e colheita.
O relatório também apresenta informações sobre o nível de estoque de trabalhadores formais, bem como as issões e desligamentos no setor agropecuário, fazendo comparações com outros setores. Além disso, aborda o perfil social dos trabalhadores da agropecuária, as condições contratuais de trabalho e utiliza gráficos e técnicas de decomposição de séries temporais para proporcionar uma visão abrangente sobre o mercado de trabalho agropecuário no estado.
Fonte: Portal A10+
